Hoje me vi escrevendo sobre minha trajetória e depositando minha qualificação. Só agora tudo faz sentido, tudo gruda de novo... Continuo olhando o espaço, e ele continua sendo um meio pelo qual eu penso e ajo.
Trajetória
Sou formada em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UNICAMP (2010) e atualmente desenvolvo pesquisa sobre Psicologia da Arte, Imaginação e Criatividade na pós-graduação em Psicologia pela PUC-Campinas.
Ainda na graduação, em 2008, tive minha primeira experiência em curadoria e produção com a exposição “Heranças do Japão”. As discussões com a equipe curatorial fomentaram minha produção artística e deram corpo ao meu desenho ainda muito preso ao papel que foi definitivamente habitar o espaço com as instalações “Desvio de Percurso”.
Interessada na área de produção e curadoria, assim que me formei, voltei pra São Paulo e trabalhei como assistente de produção numa produtora de vídeo que desenvolve projetos audiovisuais para exposições. Foi um ano intenso de muito aprendizado até que fui indicada por uma amiga para trabalhar numa escola particular de ensino fundamental.
De 2011 a 2014, então, dediquei-me ao ensino das artes para crianças de 07 a 12 anos.
Nesse meio tempo, em 2013, fui uma das organizadoras e idealizadoras de um programa de residência artística no Condomínio Cultural. A proposta era ocupar um antigo hospital, buscando diálogo com a especificidade do local e as pessoas do bairro. Construímos essa residência junto com os artistas, que propunham encontros temáticos, visitas e especialistas para virem conversar conosco. Finalizamos esse trabalho com uma exposição que intitulamos de “Até aquele momento” e seu respectivo catálogo.
Da minha experiência com ensino e pelo meu conhecimento da área de artes, fui convidada a frequentar um grupo de pesquisas em Psicologia, do qual, hoje, eu faço parte e desenvolvo meu mestrado. Mesmo em outra área e num âmbito mais acadêmico, o espaço continua sendo um meio pelo qual eu penso e ajo.
Já faz uns três anos que tenho investigado outras maneiras de interferir no espaço sem, no entanto, modificar sua fisicalidade, mas no olhar que temos para lugares cotidianos como é o caso do trabalho “Presenças Postais”. Por isso, tenho me aproximado cada vez mais do universo da publicação e de impressos, principalmente de cartões-postais.